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quinta-feira, abril 25, 2024

A sina de Moro: de juiz a réu

“Assim que citado, me defenderei”, diz Sergio Moro


Explicar o Brasil nunca foi tarefa fácil, quem é de humanas, em especial, sabe bem. O Brasil dos últimos anos e suas reviravoltas, nem se fala. Até um dia desses Moro era herói. Um homem de poucas palavras, cotado para ser Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Era o nome mais falado no Jornal Nacional. Foi capa da Veja e durante sua atuação na saudosa Lava Jato, atraiu para si uma legião de admiradores, que lhe desejaram boa sorte como Ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro. Para a esquerda sempre foi inimigo e um dos instrumentos para efetivação do chamado “golpe”. Uma coisa é fato: não haveria antipetismo sem Moro e o espaço midiático que ele teve.

A roda girou. Um de seus condenados mais famosos, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva aparece liderando as pesquisas de opinião e é pré-candidato à presidência da república. De herói Moro passou a ser “parcial” graças ao trabalho da imprensa, The Intercept Brasil, que trouxe à luz diálogos, tidos como nada republicados pelo Supremo Tribunal Federal, entre ele e procuradores do Ministério Público. Diante do desgaste a saída mais viável pareceu-lhe a política partidária, mantendo viva o sonho de ser presidente da república, que durou pouco. Moro nem mais citado nas pesquisas é.

Hoje ele é réu em uma ação popular, encabeçada por deputados federais do PT. Na peça judicial, apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília, pede-se que ele seja condenado a ressarcir os cofres públicos por supostos prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira por conta de sua atuação à frente da Operação Lava Jato, de acordo com a colunista Mônica Bergamo⠀

A ação judicial foi apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília. Os petistas não estipularam o valor da indenização a ser pago em caso de condenação. O ex-juiz Sergio Moro disse nesta terça-feira (24) que a ação do PT em que virou réu é “risível” e que a decisão judicial não envolve juízo de valor. O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás.”⠀

“Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação. Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. Todos que lutaram contra a corrupção serão perseguidos na ‘democracia petista’”, disse Moro.

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Joaquim Cantanhêde
Joaquim Cantanhêdehttp://www.opedreirense.com.br
Jornalista formado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
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