Pedreiras e a região do Médio Mearim há muito tempo carece de uma grande liderança política, alguém capaz de somar as melhores ideias e os melhores projetos para cidade e região.
No entanto, isso não se mostrou realidade durante as últimas décadas, nem prefeitos e nem deputados conseguiram ser essa grande referência de política na nossa região. Sempre o mais do mesmo.
Agora no cenário da política estadual surge uma nova figura, o ex-prefeito de Trizidela do Vale, Fred Maia, que se coloca como um pretenso pré-candidato a Deputado Estadual pelo Solidariedade, partido de Vanessa Maia (esposa e Prefeita de Pedreiras) e Simplício Araújo (Secretário de Industria, Comércio e Energia do Maranhão e presidente do Solidariedade). Fred Maia é uma figura já bem conhecida de muitos no Estado por conta de alguns vídeos que circularam nas redes sociais com falas prepotentes e nada educadas direcionadas ao povo de Trizidela por conta de não respeitarem o distanciamento social.
No que diz respeito ao seu perfil Fred Maia é um político que mistura várias características da política maranhense – política de conchavo, política de acordos com o empresariado, política centralizadora e política de perseguição a adversários. Por essas características e outras que penso este não ser o melhor nome para representar Pedreiras e região.
A forma do ex-prefeito fazer política é muito atrasada. Se serve, principalmente de um populismo barato, como também de alianças escusas e de pouca transparência, como é o caso de sua gestão à frente do município de Trizidela.
Além de tudo isso, o esposo da prefeita de Pedreiras é um declarado bolsonarista. Apoiou o presidente e tem forte simpatia pela forma como o mesmo governa e demostra suas ideias. Nesse quesito não há novidade, já que os mesmos são muito parecidos em suas retóricas e forma de pensar o público. Ambos tratam o público como privado em algumas situações.
A disputa regional e em Pedreiras deve ficar cada vez mais acirrada, principalmente com um desgaste das últimas eleições da família Louro, que perdeu as duas prefeituras aonde estavam na chapa. Esse último desgaste eleitoral deve enfraquecer o nome de Vinicius Louro que é Deputado desde que seu pai, Raimundo Louro, não pode disputar o mandato por conta de problemas na Justiça.
Em se confirmando a candidatura de Fred Maia, seu principal oponente na região será Vinicius Louro. No entanto, os dois não são muito diferentes como tentam parecer nesse momento. Até porque Vinicius, juntamente com seu pai e Fred, foram aliados durante muitos anos. Desta forma qualquer um desses fará uma política muito parecida no que diz respeito a transparência e compromisso ético.
Fred tem mais liberdade de decisão, já que Vinicius até hoje não se separou umbilicalmente de seu pai Raimundo Louro, que apesar de não ter cargo algum é quem de fato direciona os projetos políticos da família.
Com relação a tudo que foi descrito, o que me parece mais triste é ver que na cidade de Pedreiras e na região não existe um pré-candidato a Deputado Estadual que faça uma nova política. Não existe ninguém do campo progressista, nem da esquerda, que defenda e se identifique com os direitos das minorias e dos movimentos sociais.
A política partidária da nossa região, infelizmente, está muito desvinculada das verdadeiras necessidades da nossa população em relação a educação, saúde, cultura, etc. Nenhum desses, que até agora se colocaram para serem nossos representantes, tem o perfil ideal para ocupar essa lacuna que existe a tão longo tempo.
E com certeza Fred Maia não é esse líder, que possibilitará nossa região confiar e buscar uma nova forma de fazer política: mais solidária, eficiente, transparente, democrática, participativa, popular e conectada com as minorias. Precisamos de um líder, em Pedreiras, que seja verdadeiramente diferente e que não represente a falta de transparência, a arrogância, a prepotência e o Bolsonaro.
Por Jaime Ribeiro Lopes, professor de Geografia e militante do Partido dos Trabalhadores (PT).
Na minha opinião isso não é política, é caso de polícia.
Na minha opinião isso não é política, é caso de polícia.