EDITORIAL
Quando a noite caiu sobre Pedreiras, Maranhão, viu no coração comercial do Médio Mearim labaredas de fogo e uma densa fumaça. Encontrou uma multidão, nela funcionários aos prantos, outros correndo. Nessa altura, a equipe da 13ª Companhia do Corpo de Bombeiro já tentava apagar o fogo, que prometia não deixar papel sobre papel na popular Loja Dois. Prometeu e cumpriu. Foi além – nem o segundo andar de Cred Magazine escapou. Ninguém ficou ferido.
Caminhões-pipa, que diariamente matam a sede de muita gente, forneciam aquilo que poderia fazer o fogo perecer. Um, dois, três. Entre os populares também estavam políticos, empresários e quem poderia, de alguma forma, exercer influência para o bem: o fim das chamas.
A peleja foi braba, com zoom, de drone – os ângulos foram diversos. A tarde foi de tragédia. Nada diferente se viu nos semblantes dos bombeiros. A sexta, com seu caos, testemunhou a importância da presença da 13ª Companhia do Corpo de Bombeiros na região. A entrega corporal foi imensa e incalculável. Quanto orgulho!
O trânsito, já tão conturbado, ficou ainda mais caótico. A guarda municipal atuou de um lado, policiais militares do 19° Batalhão atuaram em outra frente, pondo limite à curiosidade popular, que por vezes desconheceu os riscos.
Essa história de tragédia e coragem exigirá apurações em relação às causas e deverá pautar debates sobre a importância a implementação de protocolos de segurança, mais ainda em ambientes de expressivo risco.
Acreditamos no verbo recomeçar.