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quarta-feira, janeiro 15, 2025

“Representa um retrocesso na construção de um ecossistema informacional seguro”, diz a Ajor sobre decisão da Meta

A “boa nova” de Zuckerberg


Em uma guinada rumo ao Trumpismo, Mark Zuckerberg, presidente da Meta, informou, nesta terça-feira (07), que a empresa dona do WahtsApp, Facebook, Instagram e Threads encerrará seu programa de checagem de fatos nos Estados Unidos, substituindo-o pela chamada Notas da Comunidade, modelo em que os usuários é que deverão chamar a atenção para notícias mentirosas e ou carentes de contexto.

“Os especialistas, como todo mundo, têm suas próprias inclinações e perspectivas. Isso ficou evidente nas escolhas que alguns fizeram sobre o que e como checar fatos… Um programa destinado a informar muitas vezes se tornou uma ferramenta de censura”, declarou a Meta.

Ainda na terça a Associação de Jornalismo Digital (Ajor) manifestou preocupação com a decisão. Segundo o qual “ameaça a integridade da informação e, consequentemente, o ecossistema jornalístico digital”.

Confira a nota na íntegra:

O anúncio feito nesta terça-feira (07/01) por Mark Zuckerberg, presidente da Meta, poderá ter um impacto negativo no ecossistema jornalístico digital, tanto no Brasil quanto no mundo. A decisão, que afeta especialmente a checagem de fatos e, consequentemente, a integridade das informações que circulam em suas plataformas, foi comunicada em pronunciamento de Zuckerberg, no qual ele comunica o encerramento do sistema de checagem atualmente em vigor. Esse modelo será substituído por um sistema de verificação voluntária, semelhante ao utilizado pela plataforma X (antigo Twitter). Embora a medida tenha sido adotada inicialmente nos EUA, as repercussões serão sentidas em todo o mundo, tendo em vista a capilaridade das plataformas da Meta e sua conexão direta com o jornalismo.

Para a Ajor, o posicionamento da Meta representa um retrocesso na construção de um ecossistema informacional seguro e responsável, indispensável para o fortalecimento de um jornalismo comprometido com a democracia e a defesa dos direitos humanos. O modelo de checagem sugerido por Zuckerberg, já implementado pelo X, é insuficiente diante dos desafios que se apresentam com o crescimento do uso de inteligência artificial e a renovação constante das tecnologias informacionais. Nesse sentido, a checagem realizada por profissionais do jornalismo é fundamental para fortalecer a prática jornalística pautada em vínculos sólidos de confiança com a sociedade.

Essa confiança é a base do jornalismo praticado pelas associadas à Ajor, entre as quais se destacam iniciativas dedicadas à checagem de informações. A Associação apoia e amplifica os posicionamentos de suas associadas – como Aos FatosAgência LupaNúcleo Jornalismo, entre outras [em atualização]. O combate à desinformação, essencial para o contexto sociopolítico contemporâneo, é indissociável da verificação rigorosa e ética dos fatos, e o jornalismo praticado por nossas associadas comprova esse compromisso. Nesse contexto, o posicionamento da Meta caminha em sentido contrário, contribuindo para a proliferação de desinformação no ambiente digital 

Sendo assim, a Ajor seguirá acompanhando os desdobramentos da decisão, reafirmando seu compromisso com a promoção de um ambiente informacional que valorize o jornalismo pautado na integridade e responsabilidade na disseminação de informações.

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