ESPAÇO PLENITUDE
Há muito tempo não somente é permitido, como também é incentivado a existência de capelania religiosa em hospitais, sendo um direito fundamental consagrado na Constituição Federal (art. 5º, inciso VII) para alento dos doentes, como também um refúgio para os acompanhantes e familiares em horas sombrias.
Mas, para além disso, as crenças-espirituais podem ter realmente influência sobre a saúde das pessoas?
Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, já são muitos os médicos que enxergam uma ligação entre fé e saúde. Mais da metade (56%) dos profissionais entrevistados disseram acreditar que a religião e a espiritualidade têm uma influência significativa na saúde dos pacientes. Publicado no último mês no “Jama” (“Journal of the American Medical Association”), o levantamento foi feito com 2.000 médicos de diferentes especialidades.
Isso não é à toa. De acordo com a pesquisa publicada pela Revista Veja (edição nº 2716), um levantamento brasileiro traz 368 referências de estudos internacionais sobre o assunto feitos nos últimos anos. Um dos trabalhos que foi destaque, foi o desenvolvido pela Universidade Harvard, no qual, é evidenciado que o impacto da fé na saúde consiste no modo que esses pacientes veem a vida, pois costumam ser mais otimistas e aderir às terapias.
Outra possibilidade, mais fisiológica para a explicação desse fenômeno, é a questão hormonal, já que a pratica religiosa está ligada a secreção de endorfina e dopamina, substâncias do prazer e bem-estar.
Seja como for, é cientificamente comprovado que crenças religiosas-espirituais tem influência importante sobre a saúde mental e física das pessoas, particularmente em momentos críticos da vida que para superar essas dificuldades, muitos utilizam estratégias de enfrentamento religioso-espiritual para reduzir o sofrimento de eventos estressantes, ou para dar-lhes um sentido e torná-los mais toleráveis reduzindo a mortalidade.
Portanto, a fé é um remédio natural sem efeitos colaterais que todos podem fazer uso para ter uma saúde plena.