Sinto que antes de tudo devo apresentar- me brevemente a você leitor, chamo- me Natália Silva, sou pedagoga e estudante de psicologia, apaixonada pela escrita e poesia, até arrisco auto denominar- me escritora. Tenho em mim algumas visões da vida que transporto ao papel, as vezes visões de um mundo diverso, outras, visões de mim mesma. Quando recebi o convite pra abordar sobre cultura alegrei- me pelas possibilidades, pois posso perpassar por variáveis na minha tentativa de comunicação, explorando; a poesia, educação, arte, política, e ademais temáticas que me permitam a LIBERDADE de expressão. Então esse momento dedicado não será fechado em uma agenda de eventos, não é sobre isso, é simplesmente um oposto, aqui não haverá gaiolas, afinal, a mente precisa da liberdade criativa, mas também se houver algo importante em certa agenda a se compartilhar, quem sabe haverá uma indicação não é mesmo?!
Entretanto entenda a cultura como uma ciência que visa analisar as sociedades humanas a partir de sua produção cultural, e que onde há ciência, há inquietações e perguntas, seu sentido é mais amplo envolvendo hábitos, crenças e conhecimentos de um povo ou um determinado grupo. Portanto, não iremos nos restringir por aqui ou alí…
Quero demonstrar minha alegria por estar junto a amigos queridos com o mesmo propósito, bem informar com seriedade e responsabilidade. Segundo Mário Sérgio Cortella devemos entender que “Agir conforme aquilo que se fala, alinhar discurso e prática, além de ser uma postura ética, é um sinal de autenticidade.” Então já adianto que nesta coluna, nada verão além de autenticidade e verdade, sempre fundamentada na ética diante aos temas, pois acredito que até nos prazeres da vida devemos ter uma postura moral. Caretice?! Talvez! Mas prefiro as verdades concretas do que as mentiras fantasiosas e imorais.
Fico imensamente grata as coisas que a vida me traz e comunicar- me através da arte escrita, sempre foi algo que me representou bastante. Esse últimos meses tenho aprendido com Virgínia Woolf a aproveitar as oportunidades de escrever sobre qualquer coisa, ao reafirmar que:
“Peço-lhes que escrevam todo tipo de livros, não hesitando diante de nenhum assunto, por mais banal ou mais vasto que seja. Por bem ou por mal, espero que vocês se apoderem de dinheiro bastante para as viagens e o lazer, para contemplar o futuro ou o passado do mundo, para sonhar com livros e vaguear pelas esquinas e mergulhar a linha do pensamento fundo na corrente. Pois de modo algum as restrinjo à ficção”.
Essa frase me reafirma também em um lugar de MULHER que precisa ter voz, que precisa criar e recriar, visto que as construções daquelas do passado não podem ser minoradas, mas fortalecidas pelo meu insistente posicionamento na vida. Comunicar, falar, escrever, ler… é um ato de bravura, pois sabemos que podemos mais. E por favor! Não se conformem com a mediocridade. Conforme disse Clarice Lispector, mais uma de minhas inspirações poéticas: “Tenho uma certa timidez, mas aquela timidez ousada”. Assim, sinto-me configurada pela ousadia de me posicionar como um ser humano que se permite ter voz.
Acredito que disse tudo o que precisava para um início ponderado com vocês, e espero que a delícia de ler tais pensamentos te façam ter momentos de liberdade reflexiva, a minha responsabilidade intelectual e moral se dará em cada vírgula, mas os impactos que anseio causar espero que se igualem ao valor gramatical das reticências (…), isto é, que indiquem continuidade dentro de você.
Por Natália Silva – Pedagoga e estudante de psicologia