EDITORIAL
Não é de hoje que o jornal O Pedreirense apura. Tão logo surgido, há quatro anos, devotou-se ao que o jornalismo pede: apuração, documentação, diferentes perspectivas sobre um fato, cautela e publicação. Nenhuma reportagem, até aqui, foi fruto de negociatas às escuras. Quem está no poder sabe de nossa independência, quem está fora mais ainda. O interesse público é o farol que norteia nossa atuação, por sinal, devidamente qualificada. Jornalismo é ciência.
Quando erramos, no que diz respeito as informações reportadas, que envolvam, principalmente nomes, tratamos de fazer a devida correção e publicitamos o erro.
É pretensioso demais almejar que nosso trabalho esteja livre das ilações que nos últimos anos, ainda que de forma acanhada, se manifestam. Nada disso, até aqui, nos fez recuar do jornalismo que sonhávamos fazer em meados de 2020. Nossa trajetória, até aqui, nos acalma.
Não são as palmas que nos fazem celebrar. A linha editorial que fundamenta o jornalismo que praticamos, não tem como premissa agradar nichos políticos da sociedade na qual se debruça. Informar, trazer à luz o que se quer deixar nas sombras. Eis o mantra maior de nossa redação. Se existe uma busca que nos move, é a da clareza dos fatos. Palmas e pedras são rios inevitáveis em um espaço público que discute política de forma tão apaixonada e na maioria das vezes complacente.
Aqui jornalismo investigativo não tem sido nuvem passageira. As seguintes apurações não nos deixam mentir. “Suicídio no Hospital Geral de Pedreiras: detalhes de um caso maior que o tapete” (2021), “Conselho de Saúde de Pedreiras: controle social com cara de franquia” (2021), “A escola arapuca de Poção de Pedras: um lugar ideal para a morte de sonhos” (2023), “Com licença para derrubar: florestas de bacuri ameaçadas no Maranhão” (2022), “Tudo no seu tempo: secretário de infraestrutura de Pedreiras faz viagem à Minas com dinheiro público, no entanto, se nega a fornecer provas que justifiquem o recebimento de diárias” (2022) e “Prefeitura deixou de fazer a análise da água consumida pelos pedreirenses em 2021, o motivo? Falta de material” (2022).
Jornalismo não é brincadeira e o nosso, respeitando o Código de Ética, veio para ficar. Está mais vivo do que nunca. Fatos clarificados são urgências sociais que não cessam no período eleitoral. Seja quem for, havendo interesse público, nossa redação terá, além de bloquinhos de anotações, autonomia para se aprofundar e determinar quando publicar. Essa é a nossa história e nos dias seguintes não será diferente.