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quinta-feira, dezembro 12, 2024

“O objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura”. Ciro Gomes na ‘mira’ da PF

“Suspeitas de irregularidades em obras do estádio Castelão”, combustível para o cumprimento de ordem, pela Polícia Federal, de busca e apreensão contra Ciro, pré-candidato à presidência, seu irmão, o senador Cid Gomes, e outros 12 alvos, na manhã desta quarta-feira (15). A decisão foi assinada por Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, juiz federal substituto da 32ª Vara Federal do Ceará. “Busca e apreensão, além de quebra de sigilo fiscal, bancário, telefônico e telemático de 24 alvos distintos, incluindo pessoas físicas e jurídicas”, informa o G1.

De acordo com investigações da PF, iniciadas em 2017, os irmãos Cid, Ciro e Lúcio Ferreira Gomes, teriam recebido, de empresários da construtora Galvão Engenharia S/A, “pagamentos sistemáticos de propinas, muitas vezes disfarçadas de doações eleitorais”, durante as reformas na Arena Castelão, um dos palcos da Copa do Mundo de 2014. Segundo a PF há indícios do pagamentos de R$ 11 milhões em propinas. A decisão diz que: “viabilizar/agilizar pagamentos de obras e serviços de engenharia contratados pelo governo do Estado do Ceará com a empresa”.

Ainda pela manhã Ciro Gomes se manifestou nas redes sociais. Disse ele:

“Até esta manhã eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático.

Mas depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade.

O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014.

Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo.

Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou.

Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção.

Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à presidência da república. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018.

O braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim.

Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita.

Nuca me senti um cidadão acima da lei, mas não posso aceitar passivamente ser tratado como um subcidadão abaixo da lei.

Sou um homem do embate, do combate e do Direito. Essa história não ficará assim. Vou até as últimas consequências legais para processar aqueles que tentam me atacar. Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão.

NINGUÉM VAI CALAR A MINHA VOZ”.

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Joaquim Cantanhêde
Joaquim Cantanhêdehttp://www.opedreirense.com.br
Jornalista formado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
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