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domingo, dezembro 1, 2024

O curioso caso de Simplício: cabo eleitoral de Vanessa Maia em 2020, crítico de “candidaturas de filhos, filhas, esposos e esposas” em 2022

Furioso com as oligarquias


O pularmente chamado “tempo de campanha” é marcado, em especial, por declarações daqueles que tentam atrair votos para si. A retórica, mas não só ela, é um instrumento importante neste processo. Quando bem usadas, as redes sociais podem servir de antídoto contra a memória curta, que caracteriza parte do eleitorado. Os cidadãos devem, por exemplo, comparar declarações e posturas dos candidatos em diferentes contextos e datas. O que eles defendiam na eleição anterior? O que achavam disso, daquilo?

Distante do pódio, na cadeira das contradições e a título exemplo, está Simplício Araújo, candidato do Solidariedade ao Governo do Maranhão. Ele repercute, nesta segunda-feira (05), um trecho de sua participação no debate da TV Mirante, ocorrido na última quinta-feira (01/09). No vídeo e em texto um Simplício como você nunca viu: furioso com as oligarquias.

“Uso da máquina, falta de gestão, perseguição, candidaturas de filhos, filhas, esposos e esposas, visão de aumento de poder familiar e falta compromisso com os municípios e com o estado” disse Simplício, em uma fala facilmente atribuível a um militante do Partido da Causa Operária (PCO).

O Simplício de 2020, contudo, foi um dos principais cabos eleitorais de Vanessa Maia, esposa do ex-prefeito Fred Maia, então primeira-dama de Trizidela do Vale, cuja candidatura chegou a ser questionada, na justiça, em virtude de que sua gestão poderia ser continuidade do governo do esposo na cidade vizinha – uma espécie de 3° mandato. O Supremo Tribunal Federal (STF) não viu problema. Bem antes da decisão, contudo, Simplício já havia tornado a candidata centro daquele mundo laranja e um dos principais expoentes na ampliação do domínio político Maia. Nos discursos, por vezes, destacou os feitos de Fred para tentar convencer eleitores de que deveriam votar nela.

“A oligarquia continua mais viva do que nunca, se o Maranhão não se livrar deles, não cresce de jeito nenhum. Oligarquia não é uma pessoa, é um comportamento entranhado na maior parte da classe política maranhense”, diz o candidato, cujo passado não é marcado pela luta contra as oligarquias, colocando-se como diferente de todos os outros.

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Joaquim Cantanhêde
Joaquim Cantanhêdehttp://www.opedreirense.com.br
Jornalista formado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
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