No domingo passado escrevi a parte primeira desse ensaio e pretendia parar por lá, mas a repercussão foi tamanha nas redes sociais e até em nível de estado e Brasil, que me obrigo a dissecar mais o assunto e já sob um novo prisma: a eleição de amanhã para a Presidência da Câmara dos Deputados Federais.
O impeachment de Bolsonaro, neste momento de crise, é irresponsabilidade e inconsequência por vários motivos; a saber:
• Nenhum país estrangeiro investe seu capital em um país sob processo de impeachment de seu presidente;
• Nenhuma empresa multinacional ou estrangeira investe em um país sob processo de impeachment de seu presidente;
• Queda drástica das bolsas de valores brasileiras e das ações das empresas nacionais nas bolsas de valores mundo a fora;
• Fuga de capitais e divisas internas para o estrangeiro;
• Barganhas “políticas” de alto custo financeiro das mais imorais possíveis, que até o diabo se envergonha de ouvir e participar, pelos dois lados da queda de braço, financiadas por recursos públicos;
• Etc,etc,etc…
Resultado: instabilidade política e econômica, quebra da economia, desemprego, fome, miséria e morte.
A Câmara dos Deputados está em processo de sucessão de sua Mesa Diretora e tem como candidatos principais Arthur Lira-PP e Baleia Rossi-MDB. Ambos não são santos; já andaram “prevaricando”.
Esta eleição poderá definir a governabilidade desse país. O primeiro é apoiado pelo Planalto e, lamentavelmente, como na prática histórica nessas situações, está havendo uma feira livre na disputa dos votos entre as duas partes.
Além das emendas impositivas (150 milhões que cada deputado federal tem direito em emendas para destinar para o quê e onde quiser), que eles fazem em maioria é vender para que outrens a desviem (vergonha maldita que Bolsonaro tem a obrigação de extinguir na reforma política!) ainda está sendo liberados os “emendões”- emendas extras milionárias em troca de votos em Arthur Lira.
Não votei em Bolsonaro, mas alguma fé tinha e tenho nele. Porém entendo que ele já cedeu demais para essa canalhada que não quer o bem de nossa gente e o crescimento de nosso país.
Uma pesquisa divulgada ontem pela Rádio Jovem Pan revela que 56.6% dos brasileiros são contra o impeachment de Presidente. Não há impeachment sem apoio popular e povo nas ruas, tal Collor e Dilma! Mas quem for eleito Presidente da Câmara dos Deputados terá poderes para articular com a mídia e outros setores da sociedade e promover este impeachment que não será bom para o país!
Por Allan Roberto Costa Silva, médico, Sócio-fundador da Academia Pedreirense de Letras- APL, Membro da Associação de Poetas e Escritores de Pedreiras-APOESP, Ex-presidente da Câmara Municipal de Pedreiras.