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domingo, dezembro 1, 2024

Fred e Vinícius: dois rios que se encontram no ‘cabaré’ de Weverton

OPINIÃO


Artigo em formato de áudio

O conchavo entre Josimar Maranhaõzinho (Partido Liberal) e Weverton Rocha (Partido Democrático Trabalhista), declarado em live, na noite desta segunda-feira (23), não é um fato pequeno na conjuntura da disputa eleitoral, que já começou. Por hora, os pré-candidatos não podem explicitamente pedir voto e as articulações se dão nos bastidores – quanto mais aliados melhor. Josimar deverá somar, do contrário, não haveria todo esse suspense em torno de sua decisão.

Inquestionavelmente ele tem capital político/financeiro importante e gente disposta a segui-lo – a troco de quê? Se imagina – apesar deste ter sido destaque por supostos atos nada republicanos. Peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Estes são os crimes, que segundo a Polícia Federal (PF), teriam sido cometidos pelo deputado federal. São informações que constam no inquérito concluído pela PF, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro de 2021, que investigou se houve desvio de verba pública pelo deputado. Para ele, flagrado com maços de dinheiro, a liga é o problema. Segundo o jornal O Globo, “teve patrimônio turbinado em 1.652% em uma década”.

Neste panorama negativamente midiático, Josimar Maranhaõzinho teria se sentido ‘desprotegido’ enquanto base de apoio do então governador Flávio Dino (PSB). A ruptura foi anunciada em setembro do ano passado, conforme publicado aqui no jornal O Pedreirense.
É neste contexto que as portas do cabaré do vulgo “esquerdista” Weverton Rocha se abriram para o deputado Josimar, que é líder do PL no estado, partido do presidente Jair Bolsonaro, que não é o favorito de votos no Maranhão. Weverton, por sua vez, tenta manter seu elo com Lula – havia até outdoor de ambos no bairro do Engenho – enquanto o petista, sabido como é, bibica cá e lá. Carlos Brandão, agora PSB é companheiro partidário de Geraldo Alckmin. É só democracia que impulsiona esses movimentos? O conto da serpente da Pedra Grande é mais plausível.

Na região do Médio Mearim, dentre as muitas pelejas, a que geograficamente mais nos interessa é o suposto embate entre o atual deputado Vinícius Louro e o ex-prefeito Fred Maia. Uso o termo suposto, pois este povo, como diria dona Luzia minha saudosa vó, é de lua. Politicamente, em uma noite dormem em quartos separados, no dia seguinte dividem a mesma cama, enquanto uma massa, com postura bovina, se ofende nas redes sociais. Haja prega para tanto esforço.

Pela lógica que nos parece razoável, Weverton, que já conta com a devoção de Fred Maia, deverá ter o apoio da cria de Raimundo Louro, que por sua vez paga promessa ao santo Maranhaõzinho. Dividem, agora, espaço no “cabaré” do pedetista, agregando gente que, lá dentro, não tem identidade ideológica alguma. Socialismo e Conservadorismo, da porta para fora. Lá dentro os interesses são outros e ainda cabe mais gente.

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Joaquim Cantanhêde
Joaquim Cantanhêdehttp://www.opedreirense.com.br
Jornalista formado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
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