Codevasf e Engefort negam irregularidades
Um dos mantras do presidente Jair Messias Bolsonaro, candidato à reeleição, é que seu governo é o mais limpo da história. Rachadinha, Queiroz, MEC balcão de negócios, tudo invenção da imprensa. Parte expressiva do seu eleitorado diz amém, ignorando o que dizem órgão de controle fundamentais para o normal funcionamento do aparato público.
“Cartel do asfalto fraudou licitações de R$ 1 bilhão no governo Bolsonaro, aponta TCU”, eis o destaque do jornal Folha de São Paulo, nesta segunda-feira (10). A reportagem trata de suposto esquema e no centro estaria a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O cardápio das denúncias inclui a elaboração de propostas fictícias, a supressão de propostas e a combinação de rodízio entre as empresas.
“Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) revela indícios da ação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes a licitações da estatal federal Codevasf que somam mais de R$ 1 bilhão no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição”, destaca a reportagem de Flávio Ferreira e Mateus Vargas, que continua:
“A investigação da área técnica do TCU foi motivada por uma série de reportagens da Folha e constatou que um grupo de empresas agiu em conluio em licitações tanto na sede da Codevasf, em Brasília, como nas suas superintendências regionais, “representando um risco à própria gestão” da empresa pública.
O levantamento afirma que a construtora Engefort é a principal beneficiada do suposto esquema, vencendo editais com indícios de fraude que somam R$ 892,8 milhões.
Como revelou a Folha, a empreiteira maranhense dominou as licitações da estatal em 2021 e em parte delas usou a empresa de fachada Del, o que foi confirmado pelos técnicos do tribunal.
A Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) foi entregue pelo presidente Bolsonaro ao controle do centrão em troca de apoio político. Bolsonaro diz não ter corrupção em seu governo, apesar de evidências e investigações em diferentes órgãos”.
“Os procedimentos licitatórios da instituição são realizados de acordo com leis aplicáveis, por meio do portal de compras do governo federal, e são abertos à livre participação de empresas de todo o país”, diz Codevasf, afirmando que contribui com os órgãos de controle de forma permanente. Segundo o qual ainda não fora notificada.
Já a Engefort afirma: “Em todos os processos licitatórios que a Engefort participou e foi vencedora, o fez de forma regular, preenchendo os requisitos previstos no edital e cumprindo a lei, repudiando veementemente quaisquer alegações de indícios formação de cartel, conluio e fraude nos certames”.
Abaixo você acessa os relatórios do TCU sobre licitações da Codevasf