O edil Emanuel
Movido de fúria cega
Em sessão do parlamento
Teve uma atitude brega
E com a força de um ciclone
Arrancou o microfone
Das mãos de uma colega.
No decorrer da ação
Entre o “pode e o não pode:
Eu fiquei sem entender
O motivo do “pagode”.
Até que alguém veio dizer
Que o edil queria vender
Pra sua colega, um bode.
Mas ela disse, “não quero,
Por favor, gente, me acode!
Nunca vi tanta insistência,
Por isso que a gente explode”.
Ele, em voz assustadora
Partiu pra vereadora
Dizendo, “me compre um bode”!
Mas ela, à ele respondeu:
“Isso é muito desaforo,
Não quero comprar seu bode,
Por favor, pare de chôro.
É melhor me respeitar
Por que vou lhe processar
Por sua falta de decoro”.
Se a senhora não comprar
É desacato com o bode,
Disse o vereador
Já partindo pro “sacode”.
Foi então que de repente
Alguém disse no ambiente:
“- Vereador, isso não pode!”
Pra que não se parecesse
Um ato de conivência,
Para justificar ao povo
Que teria consequência.
Ficou tudo decidido:
O vereador será punido
Com pena de advertência.
A pena à ele imposta
É pra ele entender
Que a Casa da Lei tem normas,
E regras são pra obedecer.
Mesmo ouvindo que não pode
O vereador do bode
Pôs o bode pra vender”.
A vereadora agredida
Não deixou se intimidar,
Disse: pode trazer seu bode
Para quem quiser comprar.
Pois mesmo com chifre e couro
O bode tem mais decoro
Que o senhor, parlamentar!
A estranha venda do bode
No ato virou manchete
Foi pras redes sociais
Nas fibras da internet.
Pra explicar “o papelão”
O vereador machão
Pôs a culpa na diabete.
E assim mostrou o autor
De forma simples, sutil
Ilustrando com o bode
A violência do edil.
E o país de sul a norte
Viu que ainda é muito forte
O machismo no Brasil!
Por Um poeta da terra do bode
Saudações amigo…
Somos do Museu do bode Ioiô de Fortaleza. Como poderíamos o texto sobre o Bode…. para a nossa CordeltecaBode
estamos no instagram @museudobodeioio
Gratidao