A Covid-19 chegou e ficar em casa se tornou a nota tônica no mundo todo. Por trás de cada imagem de ruas vazias estava um (a) jornalista, por trás de cada boletim epidemiológico há um (a) jornalista. Se temos uma compreensão mais vívida do tamanho do caos que agora nos abate, é graças ao jornalismo– imprescindível ao mundo, indispensável às pessoas.
Não podemos ficar em casa. Percorremos avenidas, corredores hospitalares e o solo frio que abriga nossas vítimas da Covid-19. Em Brasília, graças ao jornalismo, tudo ficou mais claro e latente: há uma crise paralela e se dela sabemos, é graças ao jornalismo, que não teme o poder.
Muitos de nós perderam a vida cumprindo o sagrado dever de informar, entregues de corpo e alma a uma profissão necessária em tempos de paz, vital em dias de crise e luto.
Ainda bem que Pedreiras (MA) tem jornalismo e aqui, na cidade coroada como Princesa do Mearim, o trabalho jornalístico não é menos desafiador, pelo contrário, as relações não republicanas desafiam a imprensa cotidianamente, ainda sim o jornalismo vive. Somos parte dessa história.
Nesse dia, propício à reflexão, não há o que comemorar ante às agressões que diariamente sofremos, inclusive daqueles que ocupam o poder e dizem amar a democracia. Ela jamais será plena sem liberdade de imprensa e o devido respeito ao papel social do jornalismo.
O jornal O Pedreirense só existe graças aos nossos jornalistas, repórteres e leitores. Em nome deles, reconhecemos o legado de tantos outros baluartes da imprensa pedreirense. O poeta Samuel Barreto, ícone da Rádio Cultura, foi um desses. Vocês nos inspiram!