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domingo, fevereiro 16, 2025

Cresmam com a mão na massa

JORNALISMO E COMUNIDADE


Elas exibem com orgulho o certificado, fruto das tardes de aprendizado ao longo da semana. Touca na cabeça, mão na massa, sala lotada. O curso bolo no pote, ação que integra o projeto Cresmando com elas, envolveu 32 mulheres e um homem. Promovido pelo Centro de Recuperação Santa Maria Madalena (CRESMAM), focou, especialmente, na participação de mulheres de baixa renda, mães solo e aquelas que recebem benefícios do Governo Federal, como explica Francinete Braga, coordenadora de projetos.

Sendo a primeira atividade de 2025, marca um novo momento na trajetória de 62 anos do Cresmam, que fundado em 1963, abraça e trabalha com mulheres marginalizadas em Pedreiras, Maranhão. Uma nova direção foi escolhida tendo Antônia Ferreira como presidente. Apesar da distância que a geografia impôs, seu fundador, Luís Mario Lula (popular padre Lula), morando no Canadá, continua sendo um protagonista importante para a manutenção das atividades e da estrutura.


Foto: Joaquim Cantanhêde

“Para nós é um desafio, porque o Cresmam tem uma grande história. Já estou aqui há mais de 40 anos e me incomodava vê-lo de portas fechadas. Nos articulamos e conseguimos ter uma diretoria. Nossa expectativa é dar conta do recado, respondendo a altura do que as mulheres merecem”, pontua Antônia Ferreira.

No curso tratou-se de como preparar a massa para bolo de pote e caseiro, recheios base, ponto, temperatura, forma e quais os itens para garantir qualidade. “A questão de usar um bom produto, saber o ponto da massa, qual recheio usar, faz toda diferença”, ressaltou a confeiteira Milena Celeste.


Foto: Francinete Braga

A programação, além da avaliação final e entrega de certificados, também contou com palestra e roda de prosa, com as temáticas, “Atendimento ao público” (Joyce Regiane) e “poupar é preciso e urgente” (Marcella Salomão).

“É um pontapé inicial. Nosso desejo é que muitos outros cursos venham durante o ano, para dar oportunidade para essas mulheres, que ainda não tem uma renda, a aprender algo e se desenvolver”, pontua Antônia. Ela explica que o Cresmam está de portas abertas para receber as mulheres que precisam de apoio. “Basta querer”.

Fotos: Joaquim Cantanhêde

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