EDITORIAL
Cada vez mais imersos nos ‘espaços virtuais’, compreendemos a importância das redes sociais nos avanços e retrocessos de nosso tempo. Por meio de um aparelho eletrônico, uma parcela social se faz presente na arena do debate público, mas do jeito que as coisas caminham, o ódio se apressa em transformar a ‘praça pública’ em octógono de pelejas despidas de regras. É o que se verifica quando se pauta a política nacional e perto de nós, atingindo pessoas com as quais partilhamos esquinas, lugares e diálogos.
Não é a primeira vez que usamos este espaço para repudiar ilações que empesteiam as redes sociais. Muitos, em Pedreiras e Trizidela, Maranhão, são atingidos por narrativas, em sua maioria desprovidas de provas, que se espalham pelas redes sociais em uma velocidade que deixa a notícia relevante comendo poeira. Fatos de natureza privada que não cabem no bom debate público.
Uma parcela da população, converte o Smathphone, em uma arma categoricamente eficaz na sanha de destruir reputações. Na noite de segunda-feira (10), mais um episódio desta natureza colocou em xeque a empatia de uma parcela dos pedreirenses. Uma parte compartilhou informações de cunho pessoal sem provas, de forma indiscriminada, ainda que certamente cientes do grau de dano. Uma outra parcela optou pelo amor, pela decência, rejeitando a possibilidade de espalhar narrativas que não fazem parte do debate público.
Mesmo o jornalismo profissional, que se vale de informações extraoficiais, o que é legitimo, precisa cotidianamente decidir sobre o que publicar ou não. Diante dos fatos ocorridos e que ferem a honra de mulheres e homens, ratificamos o nosso compromisso com o discernimento, vocacionados a noticiar o que é de interesse público. Todo conteúdo noticioso deve primar por este mandamento. E repetimos: repudiamos o uso das redes sociais para o cometimento de crimes, sejam eles quais forem.