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Pedreiras
terça-feira, janeiro 21, 2025

A Marly presidente não vai deixar saudades

OPINIÃO


Na manhã desta terça-feira (13), ocorre a última sessão do ano de 2022, na Câmara de Vereadores de Pedreiras. Momento quase sempre marcado por homenagens. É quando o plenário se apropria de um clima que não lhe é próprio. Cabe lembrar que o ponto alto do ano foi a ocupação popular da galeria, quando servidores aposentados protestaram contra o que chamaram de “retirada de direitos”.

Em fevereiro de 2023, mês de início de mais um ano legislativo, Marly Tavares já não será a presidente do parlamento. Graças a Deus! A Casa do Povo, marcada por grandes lideranças, mas pouca diversidade de gênero ao longo de sua história, diga-se de passagem, não merece a política que ela pratica, tão apagada, fosca e alienada das causas populares e urgências de nosso povo.

Marly Tavares, enquanto presidente, em muito se assemelhou a presidentes homens que passaram pelo parlamento, mantendo práticas e posturas distantes da coragem tão marcante das filhas deste chão. Sob seu comando o parlamento foi um mero avalista da prefeitura, nada tão diferente do que se viu recentemente.

O grande legado de Marly é o da bajulação e da falta de articulação. Sempre se posicionou como pedestal de Vanessa Maia, quando pela natureza do cargo que ainda ocupa, poderia ter traçado um caminho de independência e coerência, desaguando em um protagonismo que serviria ao povo. Não falo aqui de ser oposição. Refiro-me a ser presidente do legislativo, no sentido primo do termo. Escolhida por seus pares, sob as bênçãos de Simplício Araújo, então Secretário de Estado de Industria, Comércio e Energia (Seinc), ela manteve distanciamento dessa Pedreiras profunda.

A falta de articulação com seus pares, em dados momentos, a conduziram a situações de impasse e mal-estar. A face, em certas ocasiões, por vezes denunciou sua imaturidade e desapego a divergência, especialmente quando a pressa dos interesses lhe apropriava o corpo. Por vezes inerte, inclusive quando um vereador, por duas vezes, tomava o microfone das mãos de uma parlamentar. Marly é a tripulante de uma embarcação, que só descobre isso em alto mar e nós pagamos o preço.

Mas mesmo seu exemplo não pode alimentar retrocessos na Casa do Povo. Que mais mulheres ocupem cargos no legislativo e executivo. É vital e urgente. Falta ainda, ao parlamento, a diversidade de gênero, de conhecimento e perspectivas, que é uma marca expressiva de nossa gente. E nossa história está aí, para testemunhar a grandeza e a altivez das pedreirenses.

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Joaquim Cantanhêde
Joaquim Cantanhêdehttp://www.opedreirense.com.br
Jornalista formado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
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