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Em um país de tantas ‘boiadas’, Antônia Dalva e suas companheiras lutam para que tudo não vire pasto. Aos 54 anos, lembra que o babaçu é renda e dignidade, que vem das palmeiras não tão distantes de casa, na comunidade Santana, Município de São Luís Gonzaga, Maranhão.
Há algumas semanas ela esteve em Brasília. Ali, diante de um Congresso Nacional de geometria tão distante do Brasil que ela conhece bem, entoou o clássico xote das quebradeiras. Com ele cuidou citar aquilo que o coco rende. Está na pele que cheira, na sombra da casa, no fogo que aquece.
“Ser quebradeira é manter nossa identidade, lutar por melhoria de vida. Mais de 50% da nossa renda vem do babaçu. Enfrentamos várias batalhas, mas a gente já tem muitas conquistas”, destaca a extrativista que integra Associação de Mulheres Trabalhadoras Rurais Quebradeiras de Coco Babaçu (AMTQC).
Neste 24 de setembro, Dia Estadual das Quebradeiras de Coco Babaçu, sancionado em 2011, destacamos, por meio da existência e vivência de Dalva, a beleza, a força e o simbolismo que marca a relação entre as quebradeiras e os babaçuais.








