O consumo de refeições faz parte da cultura brasileira, o isolamento social durante a pandemia do COVID-19, alterou drasticamente o habito de alimentação dos brasileiros. Com a maioria dos trabalhos sendo transferidos para o modulo “Home Office”, a alimentação passou a ser feita preferencialmente dentro de casa.
Para a Fundação Instituto de Administração (FIA), em sua pesquisa Gestão de Pessoas na Crise Covid-19, trabalhar em casa foi adotado por 46% das empresas durante a pandemia, sendo 41% totalmente “Home Office” e o restante em regime parcial.
Segundo o IFB (Instituto Foodservice Brasil) cerca de 80% das pessoas que costumeiramente consomem em bares e restaurantes, são trabalhadores. O modelo de negocio que permitiu a manutenção do emprego dos brasileiros, mesmo que de casa, colaborou para a sobrevivência de muitas empresas, mas atingiu de forma certeira o segmento alimentício.
Os dados da Cielo mostram a drástica queda de 56% das vendas, onde no mesmo período os atacadistas tiveram crescimento de 30%, padarias e lanchonetes 0,6%, serviços técnicos e especializados tiveram faturamento positivo de 6% durante a pandemia.
Por mais que o crescimento de padarias tenha pouca expressão de forma geral, a plataforma campeã de vendas na pandemia, o IFOOD, destaca o crescimento com participação de 156% maior desse ramo na plataforma.
Antes da pandemia, tínhamos uma margem de 51% dos consumidores fazendo refeições dentro do estabelecimento contra 49% fora. Durante a pandemia o setor de delivery alavanca, 85% dos consumidores passaram a consumir fora dos estabelecimentos, sendo 63% delivery.
Com a reabertura dos estabelecimentos, a queda de vendas passou a ser 23,8%. Mesmo com a melhora das vendas, o mercado demora a aquecer. O auxilio emergencial fornecido pelo governo federal em parceria com a Caixa Econômica Federal, contribuiu para o consumo não caísse novamente e muitas empresas pequenas conseguissem sobreviver.
Os segmentos de venda on-line estão otimistas neste início de 2021, isso leva a crer que o ramo alimentício deve seguir a tendência do momento e continuar crescendo nessa modalidade. Com a aceitação já aderida por parte do consumidor, quem busca investir no ramo alimentício ou até mesmo ampliar, pode valer a pena estudar um modelo de negócio com delivery.
Por Rogério dos Reis Bezerra, graduado em Administração de Empresas pela Universidade Católica de Brasília, pós-graduado em Logística e Marketing pela FTP e graduando em Farmácia pelo Centro Universitário IESB.
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Muito bom o artigo.
Trabalho baseado em dados.
Excelente, parabéns Rogério!