Peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Estes são os crimes, que segundo a Polícia Federal (PF), teriam sido cometidos pelo deputado federal e líder do Partido Liberal (PL) no Maranhão Josimar de Maranhãozinho. São informações que constam no inquérito concluído pela PF, que investigou se houve desvio de verba pública pelo deputado. Na sexta-feira (10), o resultado das operações foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Sobre as conclusões da PF, Josimar de Maranhãozinho não se manifestou publicamente.
De acordo com apuração da TV Globo, as imagens que circularam, em diversos veículos de comunicação, fazem parte do inquérito concluído na semana passada.
Informações atualizadas no dia 14 de dezembro de 2021.
ENTENDA O CASO
O deputado federal Jozimar de Maranhãozinho (PL) é destaque nacional nesta sexta-feira (03), mas nada que deva gerar orgulho da população maranhense. Em imagens, divulgadas pela revista Crusoé, o parlamentar aparece com as mãos fartas de dinheiro, que de acordo com a Polícia Federal, deriva de esquema que envolveria emendas parlamentares. O flagrante é de outubro de 2021, feitas no escritório do deputado, em São Luís, capital.
“Segundo a Polícia Federal, a dinheirama é produto de um megaesquema de desvio de verbas de emendas parlamentares liberadas pelo governo”, pontuam Paulo Capelli e Rodrigo Rangel, que assinam a reportagem.
Jozimar de Maranhãozinho, pré-candidato ao governo de estado, divide agora sigla partidária com Jair Bolsonaro e tem como aliado no Médio Mearim, Vinícius Louro, deputado estadual. No Maranhão, o Partido Liberal passou a fazer oposição ao governo Flávio Dino. Em um ano, Jozimar foi alvo de duas operações da PF, que investiga suposta participação dele em esquema de desvio, na casa dos milhões, de verbas federais destinadas às áreas de saúde e obras públicas.
“O deputado é suspeito de pagar para que colegas parlamentares se juntem a ele no desvio de emendas a municípios controlados por seus aliados políticos que contratam empresas ligadas ao esquema logo após receberem as verbas, para devolver o dinheiro lavado e em espécie. A investigação começou no primeiro semestre de 2020, e desde então corre sob absoluto sigilo” explica a jornalista Letícia Holanda do jornal Metrópoles.
O deputado falou sobre a operação da PF, realizada na quarta-feira (01/12), em suas redes sociais. Josimar nega as acusações: “Hoje agentes da PF estiveram em um escritório que já não me pertence há um bom tempo e na Prefeitura e residência da Prefeita de Zé Doca, para colherem documentos referentes a uma investigação que está ocorrendo há algum tempo e cujas informações e documentos já haviam sido repassadas por nossos advogados. Encaro com naturalidade e tranquilidade, pois não há absolutamente nenhum fato novo e tudo será devidamente esclarecido pela própria justiça”.