Caminhando para a reta final dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, o Brasil alcança a 6° posição no quadro de medalhas, totalizando 54, dentre elas, 19 ouros. O resultado parcial tornou-se o segundo melhor da história do país em uma edição, principalmente após o Brasil totalizar [ somando todas as edições] 100 medalhas, recorde mundial, marcado pelo brasileiro Yeltsin Jacques, vencedor dos 1.5000m. Ainda nesta edição garantiram pódios ao Brasil os esportistas paralímpicos que competem em modalidades diversas do atletismo, natação, tênis de mesa, esgrima, hipismo, judô, remo, halterofilismo, bocha e parataekwondo.
Atletismo
Categoria onde os paratletas brasileiros tradicionalmente conquistam mais medalhas, marcando também a história dos Jogos em Tóquio, quebrando recordes com força e determinação como o sul-matogrossense Yeltsin Jacques, de 30 anos, que levou o ouro com o tempo de 15min13s62 na prova dos 5.000m da classe T11. Sua estratégia vencedora teve o apoio de dois atletas-guia durante a prova para deficientes visuais, Laurindo Nunes Neto e Carlos Antônio dos Santos, o Bira.
A atleta paulista Beth Gomes, de 56 anos, levou ouro no lançamento de disco classe F52 e subiu ao lugar mais alto do pódio ao obter a marca de 17,62m, novo recorde mundial da prova de disco classe F52 (para atletas que competem sobre cadeira de rodas), assim como o mineiro Claudiney Batista, que trouxe ouro no lançamento de disco na classe F56.
No salto em distância T11, a mineira Silvânia Costa, de 34 anos, conquistou medalha de ouro e Petrúcio Ferreira, o raio de São José do Brejo do Cruz, da Paraíba, conquistou medalha de ouro nos 100m rasos T47 . O quarto ouro no primeiro dia do atletismo veio pelas mãos do carioca Wallace Santos, de 37 anos, que conquistou medalha de ouro no arremesso de peso F55. Alessandro Silva, medalha de ouro no lançamento de disco F11 e prata no arremesso de peso F11 e Vinícius Rodrigues, medalha de prata nos 100m da classe T63.
A atleta baiana Raissa Rocha Machado subiu ao pódio após bater a marca de 24m39, prata no lançamento de dardo F56. Thalita Simplício de 24 anos, natural de Natal (Rio Grande do Norte), conquistou uma medalha de prata para o Brasil na classe T11 dos 400m. Marivana da Nóbrega, medalha de prata no arremesso de peso F35 e os 17 anos, a velocista Jardênia Felix, conquistou sua primeira medalha, um bronze nos 400m da classe T20.
A primeira dobradinha brasileira na Paralimpíada aconteceu não só graças a Petrúcio, mas também a Washington Júnior, que fechou a prova vencida pelo colega em terceiro lugar com o tempo de 10s68. João Victor Teixeira, carioca de 27 anos, conquistou bronze no arremesso de peso F37 e levou o bronze na categoria para atletas com paralisia cerebral.
Julyana da Silva, 26 anos conquistou o bronze no lançamento de disco F57. A atleta, que nasceu com uma má formação congênita na perna direita (que teve de ser amputada), começou a competir aos 16 anos. Já Cícero Nobre, bateu um recorde paralímpico neste sábado e garantiu o pódio em terceiro lugar.
Mateus Evangelista, de 27 anos, o terceiro lugar na prova de salto em distância. Ele tem o lado direito do cérebro comprometido por falta de oxigenação no parto.
Natação
Maria Carolina Santiago, conquistou cinco medalhas: medalha de ouro nos 50m livre S13, ouro nos 100m livre S12, ouro nos 100m peito SB12, prata no revezamento 4x100m livre misto e bronze nos 100m costas na classe S12 e Gabriel Bandeira, paulista de 21 anos, conquistou quatro medalhas: ouro nos 100m borboleta S14, prata nos 200m livre S14, prata nos 200m medley S14 e bronze no revezamento 4x100m livre misto.
O brasiliense de 23 anos, Wendell Belarmino, conquistou medalha de ouro nos 50m livre da classe S11 e prata no revezamento 4x100m livre misto – chegou aos Jogos de Tóquio dizendo que queria “se divertir e chegar ao pódio”, e acabou levando uma medalha de ouro da natação em sua primeira final paralímpica da vida.
Gabriel Araújo, atleta mineiro de 19 anos, celebrou a prata nos 100m costas com uma dancinha no pódio e prometeu repetir a coreografia nas outras vitórias que ainda espera celebrar no Japão.
Talisson Glock, catarinense de 26 anos, conquistou bronze no revezamento 4x50m livre, bronze nos 100m livre e ouro nos 400m livre S6.
Wendel Belarmino, Douglas Matera, Lucilene da Silva Sousa e Carol Santiago, conquistaram prata no revezamento 4x100m livre misto – Na prova disputada entre deficientes visuais, o Brasil terminou em segundo lugar com o tempo de 3min54s95. A modalidade é disputada de forma que a soma entre as classes seja igual ou menor que 49 pontos.
Aos 22 anos, a potiguar de Natal, Cecília Araújo, conquistou sua primeira medalha paralímpica na classe para deficientes funcionais ao bater em segundo lugar nos 50m livre, com 30s83.
Daniel Dias, conquistou bronze nos 200m livre S5, bronze nos 100m livre S5 e bronze no revezamento 4x50m livre, considerado o maior atleta paralímpico brasileiro de todos os tempos encerrou sua carreira com três bronzes em Tóquio 2020.
O pernambucano natural de Recife, Phelipe Rodrigues, de 30 anos, conquistou a 8ª medalha paralímpica de sua carreira, medalha de bronze nos 50m livre S10. Bronze também para Mariana Gesteira Ribeiro, nos 100m livre S9
Daniel Dias, Joana Neves, Patrícia Pereira e Talisson Glock, conquistaram bronze no revezamento 4x50m livre misto e Gabriel Bandeira, Ana Karolina Oliveira, Debora Carneiro e Felipe Vila, bronze no 4x100m livre misto S14.
A atleta natural de Maringá (PR), Beatriz Borges Carneiro, – terminou a prova em terceiro lugar na madrugada deste domingo (29) e garantiu mais um bronze para a natação paralímpica nos 100m peito classe SB14.
Tênis de Mesa
A esportista Bruna Alexandre, de 26 anos, natural de Santa Catarina, foi prata no tênis de mesa da classe 10 (para atletas andantes) e Cátia Oliveira, bronze pela classe 2 do tênis de
Bruna Alexandre, Danielle Rauen e Jennyfer Parinos, foram bronze na competição feminina por equipes – O tênis de mesa araolímpico do Brasil fechou a participação em Tóquio com a terceira medalha, um bronze na competição feminina por equipes
Esgrima em cadeira de rodas
O gaúcho de Barros Cassal, Jovane Guissoni, conquistou a medalha de prata na classe B da esgrima em cadeira de rodas no segundo dia de competição.
Hipismo
O paulista Rodolpho Riskalla, trouxe uma medalha inédita para o adestramento paralímpico brasileiro no grau 3.
Judô
Medalha de ouro no judô na categoria até 70kg B3, Alana Maldonado de 26 anos teve duas vitórias por ippon e triunfou sobre a adversária Ina Kaldani, da Geórgia, por um waza-ari na final.
A paulistana Lúcia Araújo, de 40 anos , garantiu mais uma medalha para o Brasil neste sábado, bronze na categoria até 57kg B3 e Meg Emmerich, bronze na categoria acima dos 70kg B3.
Levantamento de peso
A atleta brasileira de 23 anos Mariana D’Andrea, garantiu medalha de ouro no halterofilismo até 73kg – levantou 137kg e um ouro inédito para o Brasil no halterofilismo. Mariana chegou favorita em Tóquio, como atual líder do ranking mundial. A paulista de Itu tem nanismo e pratica o esporte desde 2015.
Remo
O brasileiro Renê Campos Pereira, natural da Bahia, conquistou medalha de bronze no skiff simples PR1, completou a prova em 10min03s54, garantindo o terceiro lugar após uma fenomenal arrancada na reta final.
Bocha
Maciel Santos, 35 anos, conquistou medalha de bronze na bocha BC2 e superou Worawut Saengampa, da Tailândia, por 4 a 3 e ficou com o bronze na classe individual. O cearense de Crateus já havia sido ouro em 2012 e prata em 2016. Ele nasceu com paralisia cerebral e entrou para o esporte com 11 anos de idade.
O paulista José Chagas também ganhou o bronze na bocha, desta vez na classe BC1. Aos 44 anos, ele derrotou o português André Ramos por 8 a 2 e conquistou a primeira medalha do Brasil na história da classe BC1.
Parataekwondo
Nathan Torquato, medalha de ouro na categoria até 61kg K44 – O primeiro dia de parataekwondo na história das Paralimpíadas já trouxe uma medalha dourada para o Brasil.