Em 1925 chegava ao mundo, pelas mãos de F. Scott Fitzgerald, um dos livros mais emblemáticos do século XX, o Grande Gatsby.
A dimensão de grandes clássicos pode ser mensurada facilmente na sociedade pelo seu impacto canônico e memorável. A representatividade dos anos 20 de uma população norte-americana alimentada pela futilidade é que torna a obra de Fitzgerald inesquecível, tendo seu consumo praticamente obrigatório nas escolas e universidades dos Estados Unidos. Ponto esse, bem retratado na divertidíssima série adolescente Eu Nunca (Never Have I Ever).
Além do núcleo da educação formal, O Grande Gatsby ainda figura em diversas listas de melhores romances de todos os tempos, como é caso da Modern Library por exemplo. Sendo assim, se torna inviável não reconhecermos o quanto sua crítica ao sonho americano é pertinente.
Com um narrador não muito confiável, Fitzgerald incentiva o leitor a ter contato com sua obra através de uma trama amorosa, que possui o amor perdido como foco, para posteriormente expor a superficialidade e irracionalidade de uma sociedade que pregava a totalmente o contrário, alimentada pela ilusão. Sem dúvidas, uma das melhores leituras do ano.