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sexta-feira, outubro 4, 2024

Mearim e Grajaú, rios que se “encontram” em audiência pública do CBH

Recursos hídricos


Os rios dividem a mesma sina, seguir da nascente a foz. De forma semelhante, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mearim (CBH) se mantem no curso de ampliar os debates e fortalecer a luta pela efetivação das políticas públicas de gestão dos recursos hídricos, no estado do Maranhão. Nessa peleja nem tudo é pau e pedra. Assim como na dinâmica hídrica, uma audiência pública promoveu um encontro simbólico entre o rio Mearim e o rio Grajaú.

Com o evento a diretoria do CBH se movimentou no sentido de fazer uma reparação, a fim de envolver, além do Médio, o Alto e Baixo Mearim. Somar forças para avançar.  

“Estamos aqui para discutir questões importantes sobre os recursos hídricos e levar essa discussão para a sociedade. O comitê tem muito por lutar, já que os recursos hídricos representam a vida. Informar a população, levar essa discussão ao governo do estado e adotar medidas mais duras contra crimes ambientais”, enfatizou Roberto Cleiton Nascimento Silva, secretário de Meio Ambiente de Grajaú, município anfitrião.


Fotos: Joaquim Cantanhêde

De passagem pelo evento, em razão de outras demandas, o prefeito Mercial Lima de Arruda destacou a importância do cumprimento das leis ambientais, incluindo o Código Florestal Brasileiro. Disse que seu governo não passa a mão na cabeça de quem comete crimes ambientais e reforçou a importância da punição. “Os rios são tão importantes quanto vitais para todas as formas de vida”, destacou o gestor.

Na ocasião, Joaquim Cantanhêde, repórter do jornal O Pedreirense exibiu o documentário, produzido em parceria com o CBH, “Expedição às nascentes do rio Insono”.

“É uma ferramenta pedagógica. Suas linguagens podem trazer narrativas sobre os rios para além de suas dimensões matemáticas e técnicas. Todo rio, na sua dimensão simbólica e religiosa, é um braço de Deus (dos deuses). É o senhor das geografias”, enfatizou os jornalista.

A audiência foi também marcada pelos diálogos em torno das próximas ações do comitê. Pessoas da sociedade civil e representantes do poder público puderam propor novas ações para envolver outros atores importantes na discussão ambiental com foco para a gestão hídrica.    

“É hora de envolvermos o Alto Mearim, haja vista que aqui nascem os principais rios maranhenses, incluindo o Mearim. O grande encaminhamento derivado dessa audiência consiste na possibilidade de colocarmos Mearim e Grajaú dentro de um só comitê”, enfatizou o presidente Darlan Pereira, com entusiasmo.

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