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sexta-feira, outubro 4, 2024

Matadouro: jovem alvo de investigações de homicídios e tráfico de drogas é morto em operação policial

“Gente, horrível o carro da polícia passando aqui. Passou com um dentro do carro mesmo, eu estava aqui na área e vi o carro da polícia na frente e um Chevrolet, um carro aberto, sei lá o que é, um carro aberto atrás com um cara deitado e três policiais em cima. Eita, horrível, viu. Essa facção, matador de gente é triste, mais triste para uma mãe né”, relatou uma moradora em um grupo do WhatsApp, nesta quarta-feira, 17.

Dois dias após a última cena de morte, moradores do bairro Matadouro, em Pedreiras, Maranhão, registraram momentos após uma operação da Polícia Civil, que resultou na morte de Adielson da Silva Pinheiro, 22 anos, alvo de investigações de homicídios e tráfico de drogas em Pedreiras. Segundo o delegado, Diego Maciel Ferreira, titular da 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Pedreiras – MA, Adielson disparou contra um dos policiais, logo após, o mesmo revidou e acabou atingindo-o. No local, o delegado afirma que foram prestados os primeiros socorros.

Uma das cenas que chamam atenção é o translado do corpo de Adielson pela Av. Rio Branco, como descreve uma moradora no início deste texto. Segundo o advogado Diogo Tapuio, ligado à Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDDH), em caso de morte no local, o procedimento não teria obedecido a parâmetros legais.

“Isso [a remoção do corpo em caso de morte no local] pode alterar a cena do local dos fatos e o que pode adulterar sensivelmente eventuais investigações que visam apurar eventuais execuções. Transportar uma pessoa que veio a óbito dessa forma não obedecem aos padrões normativos, tanto do código de processo penal, quanto das regras internacionais de direitos humanos””, afirmou Diogo Tapuio.

Entretanto, o delegado Diego Maciel afirma que por não saber se o indivíduo estava com vida, transportou o mesmo para o “hospital para receber atendimento” e para “garantir a segurança dos policiais e da população” uma vez que, indivíduos de facções começaram a aglomerar o local, segundo o delegado.

Em outro relato, divulgado via WhatsApp, um morador afirma: “o cara ta dizendo aqui que na hora em que a polícia entrou lá, ele [Adielson] pediu até pelo amor de Deus para a polícia não matar ele, mas a polícia não teve dó, matou mesmo”, disse um morador indo na contramão da versão da polícia civil. No vídeo divulgado, pessoas choram e lamentam, chamando Adielson pelo nome, enquanto a polícia o coloca na carroceria de um carro.

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