“Soa arrogante e fora de hora”, comenta Kennedy Alencar
O PSDB acabou? No sentido literal não. Para um partido que já rivalizou por anos com o PT, sim, anda bem apagado. Resultado de uma série de fatores, internos e externos e a eclosão do novas figuras e elementos no cenário político nacional. O partido que também alimentou o antipetismo já foi representado por Aécio Neves, aqueles que numa segunda-feira, questionou a vitória de Dilma Rousseff. Vem de longe a narrativa da não confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro.
À esquerda, nos átrios do PT, a língua do ex-presidente e pré-candidato Luís Inácio Lula da Silva continua deixando nervosa uma parte de sua base, que sozinha definhará diante do oponente Jair Messias Bolsonaro. Nos bastidores teme-se o clima de já ganhou, diante do cenário pintado por recentes pesquisas de intenção de voto divulgadas.
“Se eles achavam que iam banir o PT? Uma vez teve um senador do PFL que disse que era preciso acabar com ‘essa desgraça do PT’, o Jorge Bornhausen. O PFL acabou. Agora quem acabou foi o PSDB. E o PT continua forte, continua crescendo e [é] um partido que conseguiu compor a maior frente de esquerda já feita nesse país”, disse Lula na noite de terça-feira (30), durante lançamento de um livro.
O jornalista Kennedy Alencar, no Uol, criticou a postura do pré-candidato. “Para Lula, que tenta executar uma estratégia para vencer no primeiro turno, ele não ganha um voto tucano com esse tipo de afirmação. Soa arrogante e fora de hora, pois torna mais complicado, por exemplo, um apoio explícito do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.”