O mundo paralelo da primeira-dama do Brasil
Trinta dias de jejum “até a vitória”. Esse foi o convite compartilhado por Michelle Bolsonaro, na sexta-feira (02), primeira-dama de um país com fome, mas que é bom que se diga, é governado por Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, cuja vitória justificaria a abstinência. No Brasil real, palpável, dados da rede Penssan estimam que cerca de 33 milhões de brasileiros se encontram em situação de insegurança alimentar.
No país que Michelle diz ser “do senhor Jesus”, regresso ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas, aproximadamente “828 milhões de pessoas vão para a cama com fome todas as noites. É o que mostra o relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI) 2022” publicado em junho pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), segundo matéria publicada no site UOL.
O vídeo compartilhado por Michelle conta com a participação dos pastores Cláudio Duarte, JB Carvalho, Lucinho Barreto, João Queiroz, Junior Rostirola e Gerson Costa. O episódio é só mais uma das investidas com o objetivo de reforçar a imagem de Bolsonaro perante um público importante para os sonhos de reeleição. Em comparação a Lula, o presidente lidera com folga entre evangélicos. Por isso, trazer pautas morais para o centro das discussões é mais importante do que a ciência dos dados.