OPINIÃO
Não sei se lembramos, mas há um tempo nas escolas as crianças às vezes já eram induzidas a achar que a pele era definida por uma cor tipo róseo claro e quando precisavam tomar emprestado sempre dizia: “empreste-me o lápis cor de pele”. Hoje perguntaríamos: qual cor? Branca, preta, parda, amarela ou indígena? Mas há tempos parece que só existia uma. Graças às muitas lutas não podemos mais pedir um lápis da cor da pele, porque seria uma ofensa.
Parece-nos que este assunto seja secundário, mas só sabe a criança antigamente o que sentia quando era negra, parda ou indígena sentir que só existia uma cor para a pele. Que possamos, por meio dessa charge que encontrei nas redes sociais, fazer uma reflexão profunda sobre esse tema, tão antigo e tão novo.
Nessa imagem, a mensagem é clara: a diversidade de tons de pele não pode mais ser ignorada. Antes, havia a crença de que apenas um tom era o padrão, o “cor de pele”. Hoje, percebemos a riqueza e variedade das cores que compõem a humanidade.
É um convite à reflexão sobre como, durante muito tempo, o padrão único de “cor de pele” excluiu e marginalizou muitas pessoas. Agora, mais do que nunca, é essencial reconhecer e celebrar a diversidade em todas as suas formas, inclusive na cor da pele.
Essa charge nos lembra que a mudança é possível e necessária. Afinal, não se trata apenas de lápis ou de cores, mas sim de respeitar e valorizar a singularidade de cada indivíduo, independentemente do tom da sua pele.
Pe. José Geraldo Teófilo, reitor do Santuário de São Benedito e pedagogo