Sem nova data para conclusão, obra deveria ter sido finalizada em fevereiro
Quando foi a última vez que você deu aquele tapa na sua casa? Pintou as paredes, mudou o piso. No mundo paralelo da Câmara de Vereadores de Pedreiras, um lugar que não sente crise alguma, reforma não é problema e muito menos dinheiro. Mas a casa do povo atira com a nossa pólvora e pelo visto, não mede distância.
Um ano após a reforma feita, no fim da gestão de Bruno Curvinha, uma outra foi iniciada, sob regência de Marly Tavares, atual presidente da casa. “Teto, elétrica e forro da câmara municipal”, esses seriam, segundo placa posta em frente ao local, os ‘objetos da reforma’. Qual o valor? R$ 179. 543, 61 (Cento e setenta e nove mil, quinhentos e quarenta e três reais e sessenta e um centavos). A obra, iniciada em novembro de 2021, deveria ter sido entregue em fevereiro deste ano.
No mundo real, a prefeita Vanessa Maia relatou, durante visita do senador Weverton Rocha, com a presença de parte dos vereadores, as dificuldades no enfretamento dos impactos da crise climática (enchente) no município. Em São Luís, tratou de pedir sensibilidade e ajuda dos deputados, diante de Arhur Lira. Apesar disso, na mesma semana, tornou-se pública, no Diário Oficial do Município, em 22 de março, abertura licitação para a ‘Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de reforma (2ª etapa) da Câmara Municipal de Pedreiras – MA’. A “Casa do povo” é questionada pela proximidade, nada republicana, com o executivo. Dos treze vereadores, doze integram a base de apoio ao governo.