Uma pandemia com impactos sem precedentes assolando o mundo, um país cuja democracia não acha descanso e uma cidade centenária que tem pela frente o desafio de deixar o atraso de décadas para trás. Soma-se a isso o movimento dos grupos políticos que já se arregimentam para uma batalha que se dará na arena das redes sociais. Notadamente os dias são inquietos e não são os melhores. É nesse contexto e derivando dessa inquietude que “O Pedreirense” eclode. Se o jornalismo é fundamental em dias de mar calmo, é indispensável quando interfaces da realidade se acham em ebulição e inquestionavelmente conectadas. Essa é uma das grandes lições do ano 2020.
Pedreiras, Maranhão, é nossa raiz. A partir daqui nos movemos, logo, a cidade berço de João do Vale, maranhense do século XX, é nosso ponto de referência. Olhamos o mundo a partir dela. Cabe-nos indagar: que papel a imprensa desempenhou ao longo dos cem anos de sua emancipação? Enquanto portal de notícias, que função objetivamos desempenhar? Que legado esperamos construir? Temos plena ciência do impacto que o jornalismo exerce na vidas dos pedreirenses. Somos oriundos, antes de qualquer coisa, de uma autocrítica tão negligenciada. O desafio social, local e global, de construir um novo jeito de ser democracia nos envolve no exercício de um outro jornalismo: atento, denso, sério, imparcial, moderno e inclusivo.
“Temos um compromisso com essa diversidade, com nossa memória e enquanto espaço de produção de jornalismo, com tudo aquilo que move nosso povo: comunidade, cultura, educação, política e A fé.”
Temos, contudo, compreensão da grandeza do desafio ao qual nos propomos, mas nos enche de ânimo saber que não estamos sozinhos nessa jornada. É você pedreirense, filha e filho desse torrão, que nos inspira, do seu jeito, forma e pensamento. Temos um compromisso com essa diversidade, com nossa memória e enquanto espaço de produção de jornalismo, com tudo aquilo que move nosso povo: comunidade, cultura, educação, política e fé.
Não nascemos em função do poder, mas estaremos atentos, diariamente, aos atos dos atores sociais que de autoridade se acham outorgados. Desta forma, longe de propor um antagonismo, nos movemos em direção ao Estado Democrático de Direito, não como um conceito acabado, mas essencialmente ancorado no reconhecimento da dignidade humana. Não há cidadania plena sem informação.
Os fatos brotam, evaporam com uma rapidez nunca antes experimentada e a inercia tem seu valor social. Boa parte dos acontecimentos afetam diretamente nossas vidas. Interpretá-los é cada vez mais uma urgência, negligenciá-la resulta na pena de sermos meros figurantes e a democracia gradualmente esfarelada. Somos espaço para a manifestação do pensamento. Perspectivas de natureza político/social devem ser extraídas do pautável, amparadas pela ciência. A pluralidade de ideias são bem vidas, mas nenhuma delas deve traçar fuga do “princípio da dignidade da pessoa humana e os valores da democracia, da liberdade e do pluralismo”, pilar de nossa linha editorial.
Que a nossa caminhada juntos seja repleta de boas notícias e que todas elas versem sobre uma sociedade melhor, justa e fraterna, mas não haveremos de esquivar-nos de nosso dever primeiro: noticiar. Cabe lembrar, como agora o presente nos leva a crer: nem todos os fatos são agradáveis ao paladar. “O Pedreirense” é uma construção coletiva e jamais absoluta. Por isso lançamos mão de ferramentas que possibilitam uma relação portal/leitor que vá além da leitura do conteúdo que produzimos.
Ratificamos nosso compromisso com o caro direito constitucional do “sigilo da fonte” e do diálogo com nossos leitores, para quem o sentimento de gratidão é manifesto.
Bem-vindos ao O Pedreirense, jornalismo que informa, notícias que importam!