‘‘Assessor nos prometeu tentar reverter esse quadro’’
Flávio Dino (PSB) deixou o governo, Carlos Brandão (PSB), seu vice, assumiu. A mudança, claro, tem provocado ecos a quilômetros de São Luís em postos geridos pelo estado no interior. Em tempo de eleição isso tem ainda mais força, com acordos, quase sempre obscuros, impondo suas gravidades.
Pedreiras, no Maranhão, município polo do Médio Mearim, há décadas sente na pele o que alguns populares chamam de ‘politicagem’, situação em que os interesses públicos ficam subjugados a todos os tipos de conchavos, com ponto em comum: não costumam ser republicanos.
A mudança no governo do estado parece ter dado poderes a certas figuras políticas na região, em detrimento de outras, incluindo o ex-prefeito de Poção de Pedras, Júnior Cascaria (Podemos), pré-candidato a deputado estadual, que busca espaço em um terreno onde já pelejam o deputado Vinícius Louro e Fred Maia, que tentará obter uma das vagas para o legislativo estadual. A Cascaria foi atribuído o poder de indicar novos nomes para assumir cargos estratégicos, incluindo a administração do Parque João do Vale. Sua indicada, Ângela Galvão, natural de Babaçulândia, Tocantins, e vereadora na terra sob influência de seu indicado, desagradou parte da classe artística, articulada em torno da Associação dos Artistas de Pedreiras (ASSADEPE). O nome defendido por eles, para a administração geral, é o do atual diretor artístico João Aurélio, filho de João do Vale, ícone cultural brasileiro e maranhense do século XX, que tem o trabalho questionado, inclusive, por aqueles que defendem a indicação feita por Cascaria.
“Estivemos hoje reunidos com o assessor do Governador do Maranhão, senhor Marcos, onde na oportunidade representamos a Associação dos Artistas de Pedreiras e levamos a nossa insatisfação, in loco, sobre a indicação da senhora Ângela como gestora geral do Parque João do Vale. E referendamos o nome do João Aurélio para assumir o cargo em questão. O assessor, nos prometeu tentar reverter esse quadro. Fizemos o que deveria ser feito, um diálogo direto e franco. Agora iremos aguardar”, destacou Francinete Braga, fazedora de cultura e ex-presidente da Fundação Pedreirense de Cultura (FUP). Uma, entre os associados da ASSADEPE, insatisfeitos com a indicação e a forma como a escolha foi feita, segundo eles, sem diálogo com a classe artística.