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segunda-feira, fevereiro 10, 2025

“Centenário de Pedreiras e suas personalidades”: um livro para Deus e o mundo

De um lado sua esposa, Deusa Helena e Ryan Weiner, seu neto. Do outro sua mãe, Angelita de Morais e Silva. Com eles o poeta Joaquim Ferreira Filho dividiu com Deus e o mundo sua mais nova cria literária, uma obra que mergulha na história sem esquivar-se de trazer aquilo que categoricamente define a história e o autor: poesia. Ali, no Santuário de São Benedito, padroeiro da cidade, o poeta, membro da Academia Pedreirense de Letras, lançou o livro “Centenário de Pedreiras e suas personalidades”, durante evento realizado na terça-feira (21/10), reunindo familiares, amigos e convidados.

Segundo o autor, a obra, enquanto ideia, surgiu no contexto da pandemia e a partir do nascimento de um novo conceito para descrever o mundo com a presença do Coronavírus, a saber, o novo normal, jargão usado, em especial pela mídia, em referência ao isolamento social e outras medidas adotadas para barrar o vírus. Tudo isso em um ano que deveria ser festivo, por ocasião do aniversário de 100 anos de Pedreiras, Maranhão, sua cidade natal.

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Uma missa foi parte do lançamento de nova obra do poeta Joaquim Filho (Foto: Joaquim Cantanhêde)

“Pensei em escrever um livro em que pudesse registrar as personalidades que no momento em que Pedreiras completava 100 anos, aquela pessoa estava em destaque, não no sentido de ser importante, mas no momento em que ela contribuía para a história social, econômica e política de Pedreiras”, explica Joaquim Filho. Logo, a ideia do livro é apresentar as figuras que, de algum modo, exerciam relevante papel social, seja desempenhando funções públicas ou na esfera privada, com certo grau de importância no cotidiano da cidade, por ocasião de seu centésimo aniversário.

O lançamento dividiu-se em dois momentos, ambos protagonizados naquela que por muito tempo foi chamada de igreja matriz. Na parte de dentro, uma missa foi celebrada pelo pároco da cidade e reitor do santuário, Pe. José Geraldo. Personalidades de diversos campos do conhecimento e seguimentos sociais estiverem presentes, algumas delas citadas na obra.

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Joaquim Filho (Foto: Joaquim Cantanhêde)

“O seu livro faz menção de nossa história, das pessoas que marcaram e marcam a nossa memória. Obrigado por acolher, nas páginas do seu livro, a cada um de nós. Vem como um gesto nobre para este padre, para não negligenciarmos o tempo que passou e o tempo que ainda temos. Abrir o livro é abrir o tempo. Seu livro vem como atitude positiva, gerando consequências positivas, porque você não só redigiu, mas vivenciou a concretude de cada minuto e as atitudes de cada segundo, com a gentileza de poeta e a tinta do carinho pelos amigos”, pontou Pe. José Geraldo.

O artista plástico Álvaro Pachêco (Pachequinho), por sua vez, entregou, na parte final da celebração, uma pintura, inspirada em uma fotografia de Joaquim Filho. Nela o poeta é retratado com um arco e flecha em meio a natureza, num contexto que faz referência à aldeia Cachoeira Grande, uma das muitas comunidades indígenas de Barra do Corda, no Maranhão, com o qual Joaquim matem contato. “A tela representa um índio. Tem toda liberdade, é o dono da terra, do ar, do mar, da água. Aquilo é um retrato na natureza pura”, definiu Pachequinho.

Celebrada a missa, iniciou-se a segunda parte, com uma noite cultural realizada em espaço externo ao santuário, o Patamar da Cultura. Ao som de Nego Black, Josivan Pereira, Índio do Acordeom, Daniel Lisboa, Marcelo Cruz e outros artistas, Joaquim Filho autografou exemplares de seu livro e foi fotografado com seus leitores.

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Dona Angelita de Morais e Silva, mãe de Joaquim Filho (Foto: Joaquim Cantanhêde)

“Estou muito orgulhosa e contrariada por meu esposo não tá aqui. Ele tinha muito amor a esse filho. Quando adoeceu, que andava de cadeira de rodas, sempre saia com ele na rua, na cadeira de rodas e quando não no carro, passeando com ele. Tinha maior orgulho”, relembra dona Angelita de Morais e Silva, mãe de Joaquim Filho, evocando a saudade de Joaquim Ferreira da Silva, conhecido como seu Joacir, pai de Joaquim Filho.

Para o professor Marcus Krause, que escreveu o prefácio do livro “Centenário de Pedreiras e suas personalidades”, a obra evidencia o potencial literário da cidade de Pedreiras. “Vem contribuir de forma grandiosa, porque ela traz um contexto histórico relacionado ao centenário da cidade. Nesse contexto, Joaquim homenageou diversas personalidades, autoridades, que marcam esse centenário. Além do contexto literário, temos o contexto histórico desse livro. Há um valor simbólico, cultural, que é imensurável para nossa literatura e para a cultura de Pedreiras”.

Por Joaquim Cantanhêde

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Joaquim Cantanhêde
Joaquim Cantanhêdehttp://www.opedreirense.com.br
Jornalista formado pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI)
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