POLÍTICA
Na avaliação de um experiente deputado, a articulação política do governo tem batido cabeça —seja por causa de Lula, seja por adaptação de Alexandre Padilha ao cargo. Sintoma das dificuldades: presidentes de legendas ao centro e suas lideranças no Congresso têm sido ignorados ou recebidos num ritmo muito lento pelo ministro de Relações Institucionais e pelo próprio presidente.
Não apenas. Outro sintoma é o fato de o relator do novo arcabouço fiscal apresentado pelo governo como o projeto prioritário neste primeiro semestre, o deputado Claudio Cajado (PP-BA), sequer foi chamado para uma conversa. Nada. Não foi chamado por Rui nem por Padilha nem por Fernando Haddad (Fazenda). Menos ainda por Lula.
Cajado já foi próximo de petistas baianos. Mas o ministro da Casa Civil, Rui Costa afastou-se no processo eleitoral, no cisma entre o PT e PP baianos.
Cajado, o leitor lembra, foi bem recebido pela articulação do govenro quando sugerido por Arthur Lira. Mas falta diálogo e orientação, na avaliação desse parlamentar. Para ele, não bastam os líderes do PT e do governo dizerem para o aliado o que fazer. “Lula deveria saber que não é assim que funciona”, diz.
Por Nonato Viegas, em O Bastidor