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quinta-feira, dezembro 12, 2024

“Achei que iria morrer”: Fantástico repercute caso de racismo em Açailândia, Maranhão

“O racismo não da mais para ficar impune”, essa foi uma das muitas frases de revolta publicadas por internautas nas redes sociais ao assistirem a reportagem exibida pelo Fantástico, no domingo (02), que expôs um caso de racismo contra Gabriel da Silva Nascimento, 23 anos, morador da cidade de Açailândia, no Maranhão. Gabriel foi agredido, em frente ao prédio aonde morava, ele foi tirado brutalmente de dentro de seu carro e golpeado por um casal: Jhonnatan Silva Barbosa e Ana Paula Vidal, moradores do mesmo prédio.

Gabriel trabalha como recepcionista em um banco da sua cidade, há dois meses comprou seu carro. As marcas das agressões no rosto e corpo não foram as únicas. O jovem mudou-se do prédio que morava, pois pertence à família de Ana Paula, agressora. Com medo, ele teve acompanhamento da polícia para retirar seus pertences do local.

“Foi aqui que eu achei que iria morrer. É no momento que ele sobe em cima de mim, junto com ela, com os joelhos… Ali é sufocante, porque ela manda ele me imobilizar, pisando no meu pescoço. Eu me senti sem ar”, relatou Gabriel, detalhando os momentos de terror.

A série de agressões durou aproximadamente dois minutos e tudo foi registrado por uma câmera de monitoramento. Gabriel é empurrado para fora do veículo, jogado no chão, pisoteado e golpeado por diversas vezes. Em certo momento é possível ver Ana Paula tentando imobiliza-lo com o joelho. “O agressor Jhonnatan Silva Barbosa, já foi condenado pela Justiça por ter atropelado e matado um senhor de 54 anos, em 2013. Ele foi condenado a 2 anos e 8 meses de prisão, que foram convertidos em serviços comunitários e multa de um terço de um salário mínimo”, segundo a reportagem divulgada pelo Fantástico.

No dia das agressões, Gabriel foi à delegacia para fazer um boletim de ocorrência, mas devido a uma queda no sistema da polícia, não obteve êxito. No dia seguinte, Gabriel retornou a delegacia e prestou queixa,  o que impediu a prisão em flagrante dos agressores. Segundo a reportagem, até agora, nenhum deles foi ouvido pela polícia.

Para o advogado de Gabriel, o racismo está escancarado: “Foi um caso de racismo. Muitas vezes se busca, para a caracterização de um episódio claro de racismo, a verbalização, a utilização de palavras que denotem o preconceito racial, mas isso não é o padrão brasileiro, baseado em racismo estrutural”, defende o advogado Marlon Reis.

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Mayrla Frazão
Mayrla Frazãohttps://www.opedreirense.com.br
Jornalista - Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão (UniFacema)
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